Dazaranha na Brava: duas décadas em duas horas

Na noite deste sábado, o Dazaranha fez a festa da galera que encheu o Rakenne Beach Club, no canto norte da Praia Brava, em Itajaí. Estivemos lá e pudemos acompanhar o espetáculo literalmente da “primeira fila”, o que proporciona uma visão totalmente exclusiva da banda.

Mas primeiro, vamos resgatar um pouco do ambiente. Quem chegou cedo ao Rakenne já pôde entrar no clima da noite com a banda de Colby Lee Huston, o californiano que adotou nossa região como sua casa. Som de primeira, misturando algumas de suas composições próprias com clássicos como Sublime, por exemplo. Em seguida, a banda Kimarra, de Brusque, continuou preparando o público com um repertório variando desde Jack Johnson e The Beautiful Girls até Gabriel, O Pensador.

A esta altura, quem estava lá dentro tinha esquecido a chuva e do frio lá fora, o que mostra a fidelidade dos fãs do Daza, que não se abalaram com o aguaceiro que caiu nesta noite. E, enfim, chegou a hora da atração principal.

Enquanto a banda se preparava para subir ao palco, o som já tocava alguns dos clássicos, simulando uma rápida passagem pelos 20 anos da banda natural de Florianópolis. Ao mesmo tempo, um a um os integrantes assumiam seus postos. O violinista Fernando Sulzbacher, o baixista Adauto Charnesky, o baterista JC Basañez e os irmãos Gazú, Moriel e Gerry da Costa, nos vocais, guitarra e percussão, respectivamente, além do Trio Santo Amaro nos metais.

A banda, como os melhores vinhos, parece cada vez mais afinada com o passar dos anos. Assistir ao show na beira do palco é uma experiência bem diferente, pois permite observar detalhes, como a interação dos integrantes durante o show, conversando sobre o andamento, os níveis de volume dos instrumentos e elogiando-se a cada momento em que um se destaca. Talvez este seja um dos segredos para os 20 anos de carreira: a admiração mútua.

O “perigo” de assistir ao show assim, tão perto, é justamente esquecer o show. Ficamos bem em frente ao guitarrista Chico Martins e ao Gerry com sua percussão. Não é muito difícil, em alguns momentos, começar a prestar atenção em cada riff, nas batidas dos tambores, no esforço e no prazer individual que geram as notas musicais, e esquecer que tem mais nove caras participando daquele processo.

Foram duas décadas revisitadas em duas horas de música, com muita simpatia e situações inusitadas, como um fã que simplesmente subiu ao palco e cantou praticamente uma música inteira – e não qualquer música, mas o maior clássico da banda, Vagabundo Confesso.

Com certeza, a troca entre músicos e público ainda servirá de combustível para novos shows e músicas. A galera que lotou o Rakenne deu muita energia ao Dazaranha, que devolveu a cada pessoa da melhor maneira possível. A festa, mais uma vez, foi completa.

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