Conheça Anny de Bassi

Esporte ajuda jovem promessa do atletismo a superar síndrome

Portadora de deformidade rara, a catarinense Anny de Bassi foi destaque no Globo.com por estar entre as cinco melhores de sua categoria nos 100m e credita o esporte como caminho para superação.

A catarinense Anny de Bassi viu no esporte uma forma de mudar sua vida. Aluna do Colégio Aplicação Univali, a jovem de 17 anos superou uma depressão profunda recentemente. Promessa do atletismo, ela é portadora de Síndrome de Poland, uma deformidade rara que afeta a região torácica e é marcada pelo subdesenvolvimento do músculo peitoral maior, de um dos lados do corpo. No caso de Anny, também provoca uma sindactilia nas mãos, o que faz com que seu braço esquerdo seja mais curto e fino que o direito. Após passar pelos percalços, a catarinense aponta o esporte como o caminho para a superação.
– Antes de conhecer o atletismo eu me sentia inferior. Ficava incomodada de ver as pessoas me olhando, vendo minha deficiência. Chegava em casa e só chorava, não gostava muito de conversar. Depois de 2012, quando entrei para o atletismo, comecei a ganhar as provas dos Jogos Escolares de Balneário Camboriú e vi que podia ser uma pessoa vencedora. E mudei. Hoje sou uma outra pessoa, uma verdadeira campeã – disse Anny.

Anny de Bassi nos Jogos Escolares da Juventude (Foto: William Lucas / Inovafoto / COB)

Anny de Bassi nos Jogos Escolares da Juventude (Foto: William Lucas / Inovafoto / COB)

Por conta da Síndrome, Anny também possui apenas um dedo em uma das mãos, o que influencia diretamente em seu desempenho nas pistas de atletismo, já que atrapalha seu equilíbrio e força na largada. Mas nada disso parece ser o suficiente para desanimá-la neste momento de sua vida. Atualmente, é a quinta melhor atleta do Brasil nos 100m em sua faixa etária.
– Treino desde os 12 anos, mas levava o esporte mais na base da brincadeira. A partir do início desse ano, passei a focar e a levar mais a sério. Quero continuar no atletismo, disputar competições ainda maiores e sempre conseguir bons resultados. Ano que vem vou decidir entre os cursos de fisioterapia e administração, e espero conseguir conciliar com o esporte. Ele mudou a minha vida, e prometi a mim mesma que jamais irei abandoná-lo – disse.

Fonte:globo.com

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